Pra namorar, pra trepar, pra casar!



Andando pela net encontrei um texto da Mariliz Pereira Jorge, no blog MPJ, do qual me identifiquei muito, (mesmo não me identificando com isso no atual momento) mas muitas de nós mulheres pensamos exatamente assim, este Homem  é pra casar?? será que serve para namorar??? ahhhh eu só vou transar.
Segue:

Na terceira vez que um peguete meu estava aqui em casa e eu falei que preferia que ele não ficasse para dormir porque eu tinha que acordar cedo, ele disparou na lata: você só me chama aqui para transar, não é? Sim, foi o que eu pensei em responder. Queria ser sincera, achei que fazia parte do jogo, que homens agem assim o tempo todo e que ele agradeceria de joelhos por passar algumas horas ali se divertindo comigo e depois fosse para casa sem ter a obrigação de me mandar uma mensagem no dia seguinte.
Mas eu percebi na expressão dele que seria um drama se eu falasse a verdade. Me vi fazendo o que vocês são mestres. Fiquei escolhendo as palavras, pensando na melhor forma de não me comprometer, de não dar a impressão errada e muito menos ferir o orgulho do macho pelado ali na minha frente. Me senti sacana e cafajeste e pensei como as coisas seriam mais simples se a gente não complicasse tanto e encarasse a realidade de que tanto homens e mulheres classificam as pessoas em três categorias: pra namorar, pra trepar e pra casar.
Este cara, por exemplo, era só pra trepar. Não combinava em nada comigo, a não ser na cama. Não queria que ele ficasse para dormir de conchinha nem apresentar para os meus pais. Você me entende. Mas tenho certeza de que não gostou da notícia. Sinto muito, mas as mulheres fazem isso desde sempre.
Funcionou da mesma forma quando eu queria namorar, me apaixonar, mas nem pensava em casar com ninguém. Era cedo demais para o felizes para sempre. Eu queria ser feliz com várias pessoas, inclusive com as erradas. Namorei músico, jogador de basquete, desempregado, empresário, advogado, jornalista. Uns eram duros, mas divertidos. Outro tinha até jatinho, e eu achava graça. Teve um que era tão bom que passou na mão de várias amigas.
Todos eram perfeitos para namorar, mas agradeço não ter nem pensado em casar com nenhum deles. Mentira, pensei. Claro que a gente pensa quando está vivendo o fogo da paixão. Aprendi muito com todos, cresci, descobri o que gostava e o que não gostava. Cada um foi sendo descartado – assim como fui descartada por eles – à medida que ficava mais claro o tipo de pessoa com quem eu realmente queria passar a vida.
Com todos as diferenças foram aparecendo. Não dava pra fazer planos com um cara duro, sem um mínimo de ambição. Nem me envolver com um fulano que só pensa em trabalho. Ou que não gosta de viajar. Ou que me come uma vez por mês. E muito menos um que já viu todas as minhas amigas sem roupa. Ele era ótimo, eu é que não conseguiria lidar com a situação.
Eu nunca tive pressa pra casar. Não tinha um modelo bem definido de quem era essa pessoa. Claro, tem os requisitos básicos: que seja legal, honesto, que cuide de mim, divertido, bom de cama, que tenha planos de vida em comum. Quero distância de cara galinha, safado, cafajeste. Todo mundo quer a mesma coisa. O que ajuda o cara a carimbar o passaporte são as pequenas atitudes que fazem uma mulher se sentir amada e especial. Hoje, eu acordei cedo e comecei a escrever sem tomar café da manhã. Até que batem na porta e eu ganho ovos mexidos com capuccino. Tem sido assim. E sempre que acontece eu não me canso de pensar: esse é pra casar.