Infidelidade Feminina - Tabu?



Passeando pelo FB, me deparei com um texto sobre algo super polemico até nos dias de hoje, e nem é homossexualidade ou descriminação racial... mas sim sobre a Traição em uma relação por parte da Mulher!!
Não achem que eu sou a favor da Infidelidade, na verdade não sou! Acho que se você quer um relacionamento sério com alguém, respeito é fundamental.. e ser fiel é respeitar. Mas também não concordo com a forma de que a sociedade aceita que o homem pode ser infiel, e a mulher tem de ser a tradicional mãe, companheira e submissa. Bem questões sociais a parte, segue o texto, que  é de Keila Sacavem, e eu gostei dele, então compatilho aqui pra vocês! ;)

SOBRE A CAUSA DA INFIDELIDADE FEMININA...
Falar sobre infidelidade feminina e os motivos que levam mulheres de todas as classes sociais, culturais e financeira a praticá-la, é bem peculiar, uma vez que, a evolução comportamental de nós mulheres nos dias de hoje é destoante daquele comportamento "mamãe vive só para o papai e para os filhinhos" de antigamente.
Sem nenhuma dúvidas que hoje, a nossa independência financeira abrange cada vez mais a confiança em nós mesmas, dando consequência a um montante de descobertas. De valores emocionais, afetivos e sexuais. Despertando-nos a necessidade de liberdade, não ao ponto de nos igualar aos homens. Não. Digo que ao ponto de nos diversificarmos em todos os nossos âmbitos, gerando com isso, uma independência emocional, antes contida ao medo social e aos apontamentos morais vindos de nossos próprios pudores.
Essa nossa nova postura do século XXI, é uma tentativa de provar para a nossa autoestima, que merecemos ser desejáveis SIM porra! Amadas e notadas de verdade, mesmo que esse conjunto de "melhoramento da alma" referira-se à liberdade em optar pelas relações extraconjugais. Não necessariamente, mas e daí?
Sem generalizar ou incentivar a traição feminina, apenas digo que não é imoral querer ser feliz e tão pouco pecaminoso sentir prazer pela vida, no entanto, é absolutamente necessário que todas nós tenhamos a sensação de conforto emocional antes de tomarmos qualquer decisão, digo, sem que haja a necessidade de pedir permissão aos nossos pudores e conceitos morais, esses que só servem para atrapalhar a nossa ousadia de nos permitir ao novo. Riscos de arrependimento? Sim, todos nós corremos riscos de nos arrependermos, mas se arrepender dói menos do que a falta de: atenção, de companheirismo, de valorização e de respeito.
Claro que um erro não justifica o outro, mas a questão aqui não são "erros", mas sim, sobrevivência, essa que justifica o nosso comportamento depois de algumas decepções, traições, indiferença sexual e ausência afetiva.
A maioria de nós conviveu durante séculos com um machismo capaz de atrofiar a nossa própria coerência racional, muitas de nós usa o tema "filhos" como desculpa pra aceitar as traições deles, usa o "estou gordinha" para justificar a ausência sexual deles, usa o "caímos na rotina" para aceitar a falta de atenção deles. Usa-se tanto uma emoção camuflada de medos para se acomodar a um desconforto psíquico, sexual e emocional.
Apesar disso, concluo dizendo que nós não somos mais aquelas "Amélias que eram mulheres de mentiras", hoje buscamos por uma felicidade mais independente, o que nos leva a trair, não são os excessos hormonais e tão pouco o intuito de sermos iguais a eles, mas a consciência de que se não tivermos em casa o que merecemos e o que precisamos, com certeza estaremos mais vulneráveis a procurar por nos merecermos. Vingança? Não! Apenas necessidade de se dar novas oportunidades de sentir-se mulher de verdade. Sacanagem? Também não. Apenas vontade de gritar bem alto que a "putaria", a "indisposição" e o "desprezo" "dele", hoje são armas apontadas pra ele mesmo.
A verdade é que estamos cada vez mais aprendendo, a tal da "questão de sobrevivência" e nos fortalecendo de amor-próprio.


1 comentários:

  1. Muito bom o texto. Seria muito bom se nós ( homens e mulheres ) pudéssemos ser corajosos ( há covardia na traição ) para terminarmos com uma relação para ser "feliz" numa próxima como o texto demonstra. Em pleno século XXI onde o poliamor é discutido e difundido fortemente, homens e mulheres devereiam se nortear pela honestidade com o outro e principalmente consigo mesmo para buscar a sua felicidade. Felicidade plena. Trair sempre é incômodo. Sejamos plenos.

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